segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012


A saudade é um sentimento interessante, nos leva a tempos  já vividos e nos faz lembrar das circunstâncias que contribuíram para ser o que somos.
As vezes basta um cheirinho de café para que a gente possa se lembrar das tardes de férias na casa da vovó. Ou quem sabe o cheiro de terra molhada que tem a capacidade de nos transportar pra dias em que a chuva, significava se molhar com os amigos e pensar em ser feliz e mais nada.
Já disseram por aí que só se pode sentir saudades do que nos fez bem. Mas as vezes a saudades se relaciona intimamente com as fantasias que criamos pra determinadas situações e não de fato com o que se passou.
Mas o que mexe comigo é ver que para algumas pessoas a saudade não é apenas um sentimento, mas sim uma âncora que os prendem num passado que não existe mais.
Um exemplo disso é o povo de Israel, segundo a Bíblia passaram 400 anos de escravidão no Egito, quando enfim tornam-se livres, sentem saudades dos tempos em que viviam no Egito. É estranho pensar que alguém pode sentir saudade dos tempos em que se era escravo. Mas isso aconteceu com eles, e acontece com muita gente hoje também. Não se é escravo hoje como antes, mas muitas vezes somos escravos da baixo-estima que nos leva a aceitar migalhas como demonstração de afeto. Somos escravos do medo, que nos faz ficar presos a coisas ou pessoas. Somos escravos das feridas da infância, adolescência ou mesmo juventude, que nos impede de seguir adiante. Ou quem sabe o que te aprisiona hoje é falta de perdão.
E é bom sempre lembrar, a saudade não é pra doer, mas para nos lembrar de tudo que nos levou ser o que somos! Se dói, é porque não vivemos na hora certa o que a vida nos trouxe. E como já disseram por aí: Não espere pelo EPITÁFIO!
O tempo de se viver é HOJE, o momento pra dizer eu te amo é AGORA, a oportunidade para dar um abraço se perdida talvez não volte mais.
O meu desejo é que nossas saudades nos tragam sorrisos pelos tempos já vividos! Porque afinal, é pra frente que se anda e o melhor de Deus pra nós, ainda está por vir!!

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Remendo novo em pano velho!!



Há quem diga que nada melhor que o começo ou quem sabe o recomeço. Mas diante da vida, das experiências que tenho vivido me pego a pensar na seguinte questão: Não Haverá início se não houver o fim!
Aprendemos desde cedo que tudo na vida tem começo, meio e fim. E quando os momentos são bons um desejo esperançoso se finca em nosso coração. De que uma voz dos altos céus declare: Felizes para sempre! E daí a gente cresce e entende que não dá pra ser assim. Entende que as dificuldades fazem parte da vida e que de fato todas elas são importantes, pois aprendemos a viver melhor por meio das experiências.
O problema é que nos dias de aflição, angústia, dor, sofrimento; Nos momentos em que nossa alma chora um desejo ardente pelo “NOVO” se forma. Acreditar em um novo começo não é só questão de fé, mas torna-se um mecanismo psicológico de sobrevivência. E isso nos mantém vivos.
E aí começa um grande impasse, pois o desejo pelo novo torna-se não somente uma questão de desejar, mas sim de necessitar algo novo. Mas como começar algo novo ou mesmo uma vida nova se não queremos de fato nos desgarrar do que é velho?
Queremos que tudo que é ruim se vá, mas nos esquecemos de que nesse processo algumas comodidades ou situações deverão passar a categoria de inexistentes. Esse é um dos preços da mudança. Mudar exige sair da zona de conforto, e isso é incomodo necessário pra quem deseja algo novo.
Não há como recomeçar estando preso ao que já foi. Assim o novo nunca será de fato novo, se tornaria apenas um remendo no que já existia. Ou seja, remendo novo em pano velho. E é aí que mora o problema.
Os remendos por mais bem feitos que sejam não são tão bons como uma peça inteira e intacta. Se der a escolha pra qualquer pessoa entre uma camisa nova e uma com remendos, tenho quase certeza que todos escolheriam a nova. E os argumentos poderiam até ser variados, no entanto alguns se destacariam, como por exemplo: A camisa nova nunca foi usada e assim durará mais, remendos deixam com aparência ruim, dentre outros.
Acredito até que isso seja consenso, mas se temos a consciência de que o novo é melhor,  e que fazer remendos não é uma boa opção, por que insistimos em fazê-los em nossa história de vida? Por que queremos o novo se não abrimos mão do velho ou dos detalhes que compõem o que se fazia velho em nós?
Queremos um novo emprego, mas não mudamos nosso comportamento. Desejamos um novo amor, mas não mudamos os padrões do último relacionamento. Ansiamos pela oportunidade de recomeçar, mas não abdicamos da velha vida.
É como se desejássemos o novo, mas que ele fosse parecido com o velho. Eu diria que um “velho” melhorado.
O que vejo de mais grave nisso é que, maioria das atitudes que nos levam a isso estão ao encargo do subconsciente. Quase ninguém assume, por realmente não perceber que assim procede.
E é nesse ponto que tudo se complica, pois não necessitamos do outro pra nos sabotar, nós mesmo é que nos sabotamos. O impostor em nós assume o comando de nossas atitudes. E o risco que se corre aqui é de entrar num ciclo vicioso de tristes fins e nenhum recomeço de fato.
Não sou profunda conhecedora de tecidos, mas já reparou que quanto mais remendos, mais facilidade o tecido tem pra rasgar novamente?
E na vida as vezes fazemos isso, ao invés de partirmos de fato para o novo e para tudo que ele traz, preferimos fazer um remendo após o outro. Só que chega um dia em que a base que sustenta os remendos simplesmente não suporta tudo que está sobre ela e se rasga sem ter como um novo remendo corrigir tudo. Eu acho que é nessa hora que aquela frase vem a cabeça: “Meu mundo caiu!”
E daí temos um problema, nos especializamos em fazer remendos e não buscamos aprender como ser faz o NOVO.
Eu aprendi que só se faz o novo, fazendo. Que certas coisas, não se aprende na escola ou numa receita, mas sim com a disponibilidade em fazer.
E de fato, é difícil abandonar tudo que já foi um dia e fazer tudo diferente. Mas não há como se fazer uma vida nova com os rótulos da velha. Viver uma nova história se você ainda está lendo os capítulos anteriores.
Uma planta pra crescer precisa antes que a semente morra. Uma borboleta só se faz se a lagarta se desfazer. Sendo assim, não há começo, se antes não houver o fim.
A questão central é que se desejamos um novo começo precisamos aceitar o fim. Eu digo, virar a página e aceitar começar a reescrever de novo, mas agora com novas perspectivas.
Então para um novo começo deixe antes da palavra fim de cada capítulo de sua história tudo que pertence aquele tempo. Verifique se na bagagem está tudo que você aprendeu, pois isso sem dúvidas lhe será muito útil. Quanto as pessoas, leve somente quem realmente precisa e merece viver com você esse novo.
Daí então acredito que é hora de começar a construir o novo e respirar os ares de uma nova história.

“Ninguém deita remendo de pano novo em roupa velha, porque semelhante remendo rompe a roupa, e faz-se maior a rotura.”
Mateus 9:16

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Tempo...

Com o tempo...
...aprendi que em geral as pessoas a quem mais dediquei amor, carinho e atenção, foram sempre as primeiras a me causarem as maiores dores!!
Aprendi que mesmo sofrendo com as pessoas eu não vivo sem elas...e que sempre há aqueles que me amarão e darão o amor e carinho que preciso!
Aprendi que todos estamos sujeitos a cair, mas que ficar prostrado é uma opção!! Opção essa, que nunca escolhi!!
Aprendi que mesmo com tudo desabando eu ainda posso sorrir...porque mesmo tudo parecendo contrário eu sempre tive sobre mim uma promessa...e quem a fez é fiel pra cumprir!!
Aprendi que meus sentimentos são importantes apenas pra quem realmente gosta de mim...
Aprendi que o amor não se baseia em palavras, mas ele se demonstra por meio de atitudes!!
Aprendi que não vivo do passado, mas ele é uma mola propulsora que me leva até meu futuro!!
Aprendi que minhas escolhas do hoje determinarão o meu amanhã!!
Aprendi que mesmo tentando acertar eu ainda erro...e que mesmo evitando a dor as vezes eu mesma corro em direção a ela!!
Aprendi que durante toda minha história de vida permiti q pessoas fizessem de meus sentimentos o que bem entendessem!
Mas quando descobri o grande amor de Deus por mim e que Ele me ama com amor incondicional ao ponto de morrer por mim...
Eu finalmente COMPREENDI que sou joia rara. Menina dos seus olhos.
Então depois de tudo isso PERCEBI que cabe a mim não permitir ser tratada como "escrava", enquanto tenho direito a realeza que Cristo me concedeu!